A Emigração Portuguesa

O fenómeno da emigração portuguesa tem uma característica. A esperança de melhores dias financeiros em mercados mais abonatórios. Melhores ordenados, melhores condições de vida, mais oportunidades. Nos anos 60, este fenómeno alastrou em voga e criou inúmeras oportunidades para milhares de portugueses.

O reverso da medalha: os vacances. Na nossa infância tivemos que apanhar com os descendentes dessas famílias: os Jean Bastos, os Michael Antunes, entre outros. O fenómeno evoluía para o regresso. Ao fim de tantos anos lá fora, arrecadar o suficiente para um regresso a casa com pompa e circunstância.

Foi o que aconteceu com o Rui Costa. Agora é para descansar. Já tabalhou o que tinha que trabalhar e agora venham os dias de descanso ao sol. Nem quer saber quanto lhe pagam. Deixem-no descansar e não o maçem muito. O futuro está assegurado...venha o sol de Benfica.

E a massa aplaude....

De Ericksson a...Fernando Santos

As Producções Fictícias, nome pelo qual é mais conhecido o famoso diário "A Bola", brindou-nos com mais uma novela, no mínimo, pitoresca. Como sempre, as águias lambonas queriam o treinador mais caro do mercado, para atirar mais areia para os olhos dos amblíopes lampiões, ávidos das boas novas do seu pasquim.

Após o término da liga e consequente análise da boa época realizada por Koeman, passou-se o mesmo que com Trapattoni que ia para casa e acabou na Alemanha (porque será que ninguém quer por lá ficar...?). O contrato ia ser cumprido e Koeman ficava. Pois no dia seguinte assinou pelo PSV. Apressou-se o pasquim a atirar nomes para não desmotivar os seus leitores. Ericksson era uma certeza. Quanto custa? Não interessa...Estamos a falar do Benfica, quem recusaria? Se o Trapattoni foi campeão e assim que pôde pôs-se a andar, porque recusaria o Ericsson? Até sondagens publicaram e, entre nomes como Ericsson ou Camacho, tudo servia para manter as hordes lampiãs animadas.

Nem a convocatória do Scolari e as especulações sobre os 23 eleitos para o Mundial, fizeram abrandar o ritmo das Produções Fictícias que, entre novos jogadores e possíveis novos treinadores, iam disparando capas animadoras. Em apenas uma semana, passámos de Ericksson para Carlos Queirós. Acho que esta manobra foi para preparar o terreno para um treinador português. Sentir o pulso às massas...

E eis que apresentam Fernando Santos. A minha convicção é que mais uma semana e estava lá o Peseiro...Nada como sermos realistas. Capítulo encerrado e hostes animadas.

Mas como em qualquer boa novela, as Produções Fictícias já estão em curso com a adaptação de "Star Wars: O Regresso de Jedi", para o "Regresso de Rui Costa". É sempre animador poder contar com este pasquim. Que seria de nós sem ele....talvez mais pobres de espírito.

Como é Que Eles Sabiam?